PR, Umaro Sissoco Embaló, visita a Rússia em meio a tensões internacionais

 

O PR General Umaro Sissoco Embaló, viajará amanhã, 25 de fevereiro, para a Rússia, para uma visita de estado de 72 horas, onde se reunirá com o seu homólogo, Vladimir Putin.

Esta será a terceira deslocação do chefe de Estado guineense à Rússia e a sua primeira visita de Estado ao país euro asiático, no contexto das atuais dinâmicas políticas internacionais, especialmente no que diz respeito à guerra entre a Ucrânia e a Federação Russa.

A viagem acontece num momento em que a geopolítica e a geoestratégia global continuam a sofrer impactos significativos devido ao conflito, que tem moldado as relações internacionais e a posição de diversos países, incluindo os do continente africano.

O PAPEL DIPLOMÁTICO DE EMBALÓ

Umaro Sissoco Embaló foi o primeiro chefe de Estado africano a deslocar-se tanto à Rússia quanto à Ucrânia no início do conflito, buscando uma solução pacífica para a guerra. A sua abordagem diplomática, que incluiu encontros diretos com os líderes de ambas as nações envolvidas no confronto, foi vista como um esforço para reforçar o papel da África na mediação de crises internacionais.

Apesar de ainda não terem sido divulgados todos os detalhes da agenda oficial da visita, espera-se que o Presidente guineense discuta questões de cooperação bilateral, segurança regional e os impactos do conflito na Ucrânia para a Guiné-Bissau e para a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

RELAÇÕES HISTÓRICAS E COOPERAÇÃO COM A RÚSSIA

A Rússia tem sido um parceiro estratégico da Guiné-Bissau desde os tempos da luta pela independência, tendo fornecido apoio militar, formação de quadros e suporte técnico ao longo das décadas. Atualmente, a cooperação entre os dois países estende-se a diversas áreas, incluindo educação, defesa e economia.

Especula-se que a visita também possa reforçar parcerias no setor energético e agrícola, além de tratar de possíveis investimentos russos na Guiné-Bissau.

ÁFRICA E O EQUILÍBRIO GEOPOLÍTICO

A visita ocorre num cenário diplomático sensível, em que diversos países africanos buscam redefinir suas relações com as grandes potências globais. A posição da Guiné-Bissau na arena internacional tem sido de pragmatismo, equilibrando laços com parceiros ocidentais e orientais, ao mesmo tempo que busca preservar seus interesses estratégicos.

// TV VOZ DO POVO