Presidente da República contesta sanções anunciadas pelos EUA
A Guiné-Bissau "não é um país traficante", vincou hoje em Lisboa o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, reagindo à decisão dos Estados Unidos de sancionar o seu país por falhas na luta contra o tráfico humano.
"Nunca a Guiné-Bissau alinhou no tráfico humano. Eu já dei orientações ao ministro dos Negócios Estrangeiros [guineense Carlos Pinto Pereira]. Haverá alguma reação do Estado da Guiné-Bissau", disse Sissoco Embaló.
As sanções dos Estados Unidos à Guiné-Bissau, que abrangem ainda a Guiné Equatorial e a região administrativa especial chinesa de Macau, anunciadas na quarta-feira, aplicam-se à "ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio".
"Nós condenamos. De facto, os Estados Unidos não têm e não podem pensar que a Guiné-Bissau é um Estado falhado. E nós também podemos caracterizar os Estados Unidos como um Estado agressor. Para mim isso é uma falta de respeito. É inadmissível. Não há pequenos Estados, há Estados, e nós temos que nos relacionar no respeito mútuo. Mas porque é que os Estados Unidos têm de sancionar a Guiné-Bissau? A Guiné-Bissau também pode sancionar os Estados Unidos", acrescentou Sissoco Embaló.
//lusa
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