Banco Mundial disponibiliza 30 milhões de dólares ao país
O Governo e o Banco Mundial assinaram hoje, dia 21, acordo para financiar um projeto orçado em 30 milhões de dólares, o qual visa proteger os bens ecológicos, sociais e económicos das zonas costeiras contra a erosão e as inundações.
O projeto visa mobilizar o Investimento na Resiliência das Zonas Costeiras da África, denominado WACA. Será executado no período entre 2024 a 2027.
Oministro do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, Viriato Soares Cassamá, considerou que o lançamento desse Projeto de Gestão das Áreas Costeiras da África Ocidental marca um passo significativo na luta conjunta pela preservação e resiliência das zonas costeiras.
“A Guiné-Bissau, com a sua vasta linha costeira e riqueza natural incomparável, enfrenta desafios ambientais e sociais que ameaçam a sustentabilidade dos seus ecossistemas e comunidades. No entanto, as potencialidades do nosso país são igualmente vastas”, disse.
Viriato Cassamá afirmou que o país possui uma biodiversidade única, com áreas protegidas que albergam espécies endémicas e ecossistemas críticos de importância global, acrescentando que as zonas húmidas, mangais e reservas naturais desempenham um papel crucial na proteção contra a erosão costeira, na mitigação das alterações climáticas e na promoção do bem-estar das comunidades locais.
Cassamá salientou que o Programa WACA, com os seus projetos nacionais de investimento na resiliência costeira e o programa de assistência técnica gerido pelo Banco Mundial, Plataforma de Expansão WACA, oferecem à Guiné-Bissau uma oportunidade única para fortalecer a capacidade de gestão integrada da zona costeira e melhorar a resiliência das comunidades frente às adversidades climáticas.
Ainda, no seu entender, o lançamento do Programa WACA representa uma oportunidade vital para a Guiné-Bissau fortalecer a sua resiliência costeira e garantir um futuro sustentável para as nossas comunidades e ecossistemas.
“Juntos, com compromisso e ação coordenada, podemos transformar os desafios em oportunidades e construir uma Guiné-Bissau mais resiliente e próspera”, concluiu Soares Cassamá.
Por seu turno, a representante do Banco Mundial no país disse que a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável são prioridades da sua instituição, pois, “sem os quais, não é possível atingirmos os objetivos que nos guiam: nomeadamente eliminar a pobreza e promover a prosperidade partilhada num planeta habitável”.
Anne-Lucie Lefebvre anunciou e garantiu financiamento ao WACA num valor de 30 milhões de dólares em subvenções atribuídas à Guiné-Bissau e num calendário que vai de 2024 a 2027.
Conforme planeado, a execução do WICA será liderada pelo Instituto de Biodiversidade das Áreas Protegidas (IBAP), em colaboração com os principais parceiros de implementação, incluindo a Autoridade Competente para a Avaliação Ambiental, o Gabinete de Planeamento Costeiro e a Fundação Bioguiné.
A repreaentante do BM no país reconhece que a Guiné-Bissau possui o mais alto nível de capital natural per capita da África Ocidental.
“A Guiné-Bissau tem aproximadamente 80% da população a residir em zonas costeiras, e essas áreas além de serem abundantes em mangais e em recursos piscatórios, servem também de base para prosperidade do país. As florestas de mangal cobrem 9,4% de seu território, são globalmente significativas, ocupando a 14.ª posição mundial e a segunda em África”, disse.
Anne-Lucie Lefebvre salientou que esses ecossistemas são vitais para sustentar os meios de subsistência costeiros, apoiar a biodiversidade e proteger contra a erosão, inundações e as ramificações do aumento do nível do mar.
Por: Jornal Nô Pintcha
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