Conacri: Ex-líder da junta militar condenado à prisão
O antigo líder da junta militar da Guiné-Conacri, Moussa Dadis Camara, foi condenado a 20 anos de prisão por crimes contra a humanidade no julgamento de um massacre cometido em 2009, durante a sua Presidência.
Foi durante o seu mandato presidencial, a 28 de setembro de 2009, e nos dias seguintes, que os 'boinas vermelhas' da sua guarda, soldados, polícias e milícias mataram dezenas de pessoas na capital, Conacri, e arredores.
Estas pessoas tinham-se reunido para dissuadir o então Presidente de se candidatar às eleições presidenciais, previstas para janeiro de 2010. Dezenas de mulheres foram violadas.
O capitão Moussa Dadis Camara e um grupo de oficiais tomaram o poder a 23 de dezembro de 2008, após o anúncio da morte do Presidente Lansana Conté.
A 3 de dezembro, o seu ajudante de campo deu-lhe um tiro na cabeça. Foi levado para Marrocos e depois para o Burkina Faso, onde, em janeiro de 2010, após mediação da África Ocidental, renunciou ao cargo de governador. No exílio, obrigado a abster-se da política, converteu-se ao cristianismo.
Anunciou a sua candidatura às eleições presidenciais de 2015, mas foi impedido de se candidatar. Regressou em setembro de 2022 para o julgamento no país.
Em dezembro de 2022, dez semanas após o início do julgamento, foi chamado a prestar depoimentos, negando sempre qualquer responsabilidade sobre as mortes dos civis.
Fonte: lusa
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