DSP deplora silêncio da CEDEAO sobre situação política no país


Na Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira escreveu um comunicado ao Presidente da Comissão da CEDEAO, em que deplora que "os reais problemas da Guiné-Bissau" tenham sido ignorados durante a cimeira dos chefes de Estado e Governo da organização, reunidos este domingo em Abuja, na Nigéria, e que não tenha sido apresentada "nenhuma pista credível para a saída da profunda crise política em que o país está mergulhado".  


Domingos Simões Pereira (DSP), presidente da Assembleia Nacional Popular, órgão dissolvido há meio ano pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló lamentou, num comunicado dirigido ao Presidente da Comissão da CEDEAO, que a organização regional não tenha tomado medidas para condenar "a actual situação política no país".  


DSP lamenta que a CEDEAO, em vez de se pronunciar sobre "a necessidade de fazer vincar a Constituição e as leis", recomende à Guiné Bissau que volte a realizar o mais rapidamente possível novas eleições legislativas para a composição de um novo Parlamento.


Ainda no comunicado, Domingos Simões Pereira questiona sobre a maneira "como poderá ser garantida a realização de um escrutínio livre, justo e transparente" sem a recomposição da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), através de processos em que o Parlamento, dissolvido em dezembro pelo Presidente Embaló, "é absolutamente indispensável". 


Outra questão levantada: a omissão pela CEDEAO, segundo Domingos Simões Pereira, da "necessidade de realizar eleições presidenciais" ainda no decurso deste ano, na Guiné Bissau. Uma omissão que considera "intrigante" e "preocupante".  


O Presidente da ANP acaba, saudando o compromisso da organização em "acompanhar de perto a situação na Guiné-Bissau" e espera que sejam desenhadas propostas concretas, nomeadamente sobre a recomposição da CNE e do STJ, "de modo a assegurar que os próximos actos eleitorais seja justos e transparentes". 


Por: RFI

Comentários

  1. A Guiné-Bissau está sofrendo um abuso que é lamentável. Um país em que ninguém tem direito a palavra. O que é complicado e dá medo é a participação das forças de segurança na proteção do PR, e as entidades responsáveis pela reposição da ordem constitucional.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário