Refugiada da Guiné-Bissau denuncia abusos na Bélgica
Chaila Barry fugiu da Guiné-Bissau para escapar à mutilação genital e a um casamento forçado. Pensou ter encontrado segurança na Bélgica, mas o que a esperava era outro tipo de violência.
"A mutilação genital é um crime, abusar de refugiados políticos também", denuncia. Chegou ao país em 2013, com 19 anos, esperando recomeçar a vida. Em vez disso, diz ter sido tratada como um fardo, estigmatizada pelo sistema, medicada contra a sua vontade e impedida de se reinventar.
Além da burocracia e da discriminação, sofreu exploração direta: "Tinha de lavar roupa, cozinhar, tomar conta de crianças… Era uma escrava".
O seu testemunho expõe uma dura realidade: refugiados políticos, que fogem da opressão, muitas vezes encontram novos abusos nos países que deveriam protegê-los.
O Parlamento Europeu abordou esta situação, destacando a necessidade de proteção efetiva para refugiados e a urgência de combater abusos dentro dos próprios sistemas de acolhimento. O caso de Chaila ilustra falhas estruturais que não só dificultam a integração, mas também expõem refugiados a novas formas de exploração e violência.
A denúncia reforça o debate sobre políticas de asilo na União Europeia, especialmente quanto à vigilância sobre instituições de acolhimento e mecanismos de denúncia para vítimas de abusos. A questão central é garantir que aqueles que fogem da perseguição encontrem segurança real, e não um novo ciclo de sofrimento.
//TV VOZ DO POVO
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