Quatro Condenados por Tráfico de Droga Extraditados para os EUA em Operação Discreta em Bissau

Quatro cidadãos estrangeiros condenados por tráfico internacional de droga foram extraditados, na manhã desta quarta-feira, 16 de abril de 2025, da Guiné-Bissau para os Estados Unidos da América, no âmbito de uma operação coordenada por autoridades norte-americanas e acompanhada por forças de segurança guineenses.


A informação foi avançada pela Rádio Capital FM, que cita fontes próximas do processo. Os indivíduos em causa — dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano — foram condenados em janeiro deste ano pelo Tribunal Regional de Bissau a 17 anos de prisão, após terem sido detidos em setembro de 2024 a bordo de uma aeronave que transportava 2,6 toneladas de cocaína.


A operação de extradição terá sido conduzida por uma equipa da Drug Enforcement Administration (DEA), que aterrou com uma aeronave própria no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, sob fortes medidas de segurança. Elementos da Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau e do Serviço de Informação e Segurança (SIS) estiveram presentes no local.


A medida está, no entanto, a gerar controvérsia no seio da defesa dos arguidos. Um dos advogados, contactado pela Capital FM, afirmou desconhecer completamente o processo de extradição. “Não fomos notificados nem informados. Esta atuação representa uma violação grave das normas legais nacionais e internacionais”, declarou.


O grupo fazia parte de um total de cinco indivíduos condenados no âmbito da operação “LANDING”. O quinto arguido, o cidadão brasileiro Marcos de Paula Balcaçar, faleceu em março passado, por complicações de saúde. Os seus restos mortais permanecem na morgue do Hospital Nacional Simão Mendes, aguardando decisão quanto ao repatriamento.


A 8 de abril, o Tribunal da Relação confirmou a condenação proferida em primeira instância, validando a pena de 17 anos de prisão para cada um dos arguidos.


Este caso volta a colocar em destaque a cooperação internacional no combate ao tráfico de droga na África Ocidental e levanta questões sobre os procedimentos judiciais e diplomáticos em matéria de extradição.


Por: Redação 


//TV VOZ DO POVO / CFM

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