Portugal: Coligação de direita vence legislativas


O primeiro-ministro português de direita moderada, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo, 18 de Maio, mas não obtece a maioria suficiente para garantir a estabilidade política do país. O segundo lugar permanece uma incógnita até que sejam apurados os resultados do estrangeiro, com Partido Socialista e Chega num braço-de-ferro pelo maior número de mandatos.


De acordo com  resultados oficiais quase completos, a Aliança Democrática, coligação cessante terá obtido entre 32,7% dos votos, a este resultado juntam-se os 0,62% da AD na Madeira, que nessa região inclui o Partido Popular Monárquico (PPM), contra 23,4% do Partido Socialista e 22,6% do Chega.  


Luís Montenegro, advogado de 52 anos que sempre se recusou a governar com o apoio do Chega, tinha a ambição de obter maioria, negociando a adesão do partido Iniciativa Liberal, que terá ficado em quarto lugar com 5,5% dos votos.


Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro disse que os portugueses mostraram que querem este Governo. 


"Espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional", sublinhou.


Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o caso Spinumviva, sublinhando que a "razão objectiva" que conduziu às eleições "foi a rejeição de uma moção de confiança" na Assembleia da República.


O segundo lugar permanece uma incógnita até que sejam apurados os resultados do estrangeiro, com Partido Socialista e Chega num braço-de-ferro pelo maior número de mandatos. O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, que teve o pior resultado desde 1987, deixou claro que não quer ser "um estorvo" e anunciou que vai pedir eleições internas, informando que não se recandidata.


Em quarto lugar, tal como no ano passado, ficou a Iniciativa Liberal. O partido de Rui Rocha passou a nove deputados, mais um do que em 2024, conquistando 5,53% dos votos.


O Livre, partido de Rui Tavares, foi uma das surpresas da noite eleitoral, pulando para quinta força política com 4,20% dos votos, com seis deputados (mais dois do que já tinha conquistado).


A CDU de Paulo Raimundo obteve 3,03% dos votos, perdeu um mandato, ficando agora com apenas três deputados, mas conseguiu passar à frente do Bloco de Esquerda.


O Bloco de Esquerda foi um dos derrotados da noite, ficando-se pelos 2% dos,  elegendo apenas a deputada Mariana Mortágua.


Por sua vez, o PAN conseguiu, manter a deputada única Inês Sousa Real, apesar de ter decrescido em número de votos: alcançou 1,36%,


O Partido Juntos Pelo Povo alcançou representação parlamentar, elegendo um deputado. Filipe Sousa mostrou-se preocupado o crescimento do Chega, partido de extrema-direita, nas eleições legislativas antecipadas.


Por: RFI

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