Cabo Verde: MpD acusa PAICV de atacar a democracia
O MpD, partido no poder em Cabo Verde, acusa o maior partido da oposição, o PAICV, de atacar a democracia com um suposto “manual de instruções” que dá orientações aos militantes para atacar, de forma sistemática, o primeiro-ministro e todos os membros do executivo de Ulisses Correia e Silva
O secretário-geral do MpD, Agostinho Lopes, acusou o PAICV de levar a cabo uma estratégia de “guerra suja” e “condicionamento da comunicação social”, numa tentativa de chegar ao poder a qualquer custo, com um suposto documento que propõe acções concertadas de manipulação, assédio virtual, difamação e desinformação.
“Circulou a ponto de se ter tornado público, um documento do PAICV que emite ‘orientações tácticas’ e instruções aos seus activistas nas redes sociais, instruções essas que atentam contra a democracia, a credibilidade das instituições, a reputação do País e a integridade moral dos adversários políticos. Na realidade o documento é um manifesto de como chegar ao poder através de métodos extremistas, subversivos e antidemocráticos", referiu.
O secretário-geral do MpD denuncia a narrativa utilizada nos debates políticos, onde as opiniões veiculadas vão contra os apoiantes do partido no poder e dirigidas ao chefe de Governo, com o objectivo de enfraquecer a imagem do Governo e condicionar a opinião pública.
"Estou a citar ‘atacar todos os comentários positivos e, sempre que possível, atacar os comentadores até pararem de participar nos debates, com ofensas, ameaças e suspeições, sempre que se mostrar necessário; atacar com comentários depreciativos, semeando desconfiança no uso do dinheiro público, com o objectivo de ofuscar e tirar foco das obras e quaisquer outros feitos do Governo e utilizar massivamente frases desmotivadoras e ameaçadoras contra os apoiantes de MpD’ dirigidas ao primeiro-ministro, incendiando as redes sociais para níveis irracionais potencialmente perigosos”, afirmou em conferência de Imprensa, o secretário-geral do MpD.
Agostinho Lopes disse que “o que está em causa não é simplesmente ganhar ou perder eleições”, que “Cabo Verde tem uma imagem de país comprometido com a liberdade e com o respeito pelas regras democráticas” e que todos os cidadãos independentemente da sua filiação partidária devem proteger a democracia consolidada e respeitada do país no cenário internacional.
Por: RFI - TV VOZ DO POVO
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