FRENTE SOCIAL RESPONSABILIZA AO GOVERNO PELA CONTINUIDADE DA GREVE NO SETOR

 


A Frente Social (FS),organização sindical que engloba sindicatos do setor da saúde e educação, acusou hoje ao Governo de “falta de sensibilidade” em relação aos problemas sociais do país.


A acusação foi feita pelo porta-voz da organização, Sene Djassi ,numa conferência de imprensa, de balanço da 8ª vaga de paralisação laboral no setor da saúde pública, que cumpriu uma semana.


Djassi disse que o Governo, mais uma vez, não cumpriu o que prometeu na assinatura do Memorando do Entendimento,essencialmente no que tange ao pagamento de salário aos novos ingressos da área da saúde, que não recebem, alguns há 20 meses, ou seja desde que começaram a trabalhar.


“O Governo está a pagar à conta gotas, devido a pressão dos sindicatos e a forma como está a pagar é de lamentar uma vez que as pessoas com dívidas de quase 20 meses recebem um mês . E vimos que não havia seriedade para cumprir o acordo,exemplo disso foi foi no encontro que tivemos com o Presidente da República,onde estavam o Ministro das Finanças e a da Função Pública”,explicou.


Segundo o sindicalista, no encontro ficou decidido que no dia seguinte haveria uma outra reunião entre os referidos governantes e o sindicado para se entender melhor o assunto e encontrar a forma de resolver.


“Os dois governantes se ausentaram do encontro “, disse Djassi.


O sindicalista disse que deram tempo ao Executivo com a convocação da greve no dia 04 de Julho para iniciar a paralisação no dia 21 mas que não houve nenhum contacto por parte do Executivo.


Djassi lamentou o que considerou “comportamento incorreto do Ministro da Saúde” que acusa de tentar dividir a Frente Social.


“ Pedro Tipote não vai conseguir o seu intento, estamos sempre disponíveis para negociar”, disse.


Djassi disse que a primeira semana da greve teve uma adesão de mais de 90 por cento na área da saúde .


O porta-voz da FS declarou que , doravante, vão reivindicar mais problemas do setor da saúde , porque não houve adesão dos professores à esta 8ª onda de greve.


“Os seus problemas serão levados em conta dependendo do caso, não colectivamente, até quando ganharem a consciência de que a luta é para o bem de todos”, disse em alusão a não adesão à greve por parte de professores.


No Caderno Reivindicativo a Frente Social exige o pagamento de salário aos técnicos novos ingressos da área da saúde,pagamento de subsídios de velas e de isolamento,bem como a melhoria das condições de trabalho .


A 8ª vaga da greve de 10 dias que iniciou no passado dia 21 de Julho vai terminar no próximo dia 01 de Agosto.


Por: ANG

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