UNIÃO AFRICANA SUSPENDE A GUINÉ-BISSAU DA ORGANIZAÇÃO
Em declarações à AFP, o presidente da Comissão da União Africana, Mahamoud Ali Youssouf, anunciou que a Guiné-Bissau foi suspensa da organização pan-africana.
A decisão acontece dois dias depois dos militares anunciaram a deposição de Umaro Sissoco Embaló e a suspensão das eleições presidenciais e legislativas de 23 de novembro, cujos resultados deviam ter sido publicados esta semana.
Na quinta-feira, a União Africana tinha vindo a público condenar “de forma inequívoca”, o alegado golpe de Estado na Guiné-Bissau, e pediu “a libertação imediata e incondicional do presidente Embaló e de todos os responsáveis detidos” e “exortou todas as partes a agirem com a máxima contenção, de modo a evitar uma nova deterioração da situação”.
O Alto Comando Militar que está agora no poder nomeou o General Horta Inta-a, antigo chefe do Estado-Maior do Exército, como presidente de transição, que deverá durar um ano.
Depois de ter sido inicialmente detido pelos militares, Umaro Sissoco Embaló chegou ao Senegal na quinta-feira. O candidato presidencial da oposição, Fernando Dias, que alega ter ganho as eleições, garantiu à RFI que está “seguro” e fala em “encenação”
A tomada do poder pelos militares foi amplamente criticada, principalmente pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que a denunciou como uma “violação dos princípios democráticos”, e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que suspendeu o país de “todos os órgãos de decisão”. Uma delegação de alto nível da CEDEAO , composto pelos Presidentes do Senegal, Cabo Verde e Serra Leoa, deve chegar amanhã ao país.
Fonte: RFI



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